Ninguém pode acusar o Epica de não viver conforme seu nome. Seus dois primeiros álbuns passaram da marca de 70 minutos, e este não é diferente. Tudo de riffs de thrash metal combinados com cordas vibrantes a corais combinados com bateria de Marcha Imperial estão aqui, e isto tudo é apenas dentro das primeiras faixas.
Enquanto não é incomum que bandas usem a palavra "requiem" nas letras e títulos, o Epica verdadeiramente entende o que é um requiem. Portanto, todo o álbum tem harmonias de missa e progressão de acordes de igreja. Eles confortavelmente se assentam ao lado de solos de metal e guturais de death metal. Negócios como de costume, mas Requiem For The Indifferent pega tudo de essencial do Epica e ainda o afina um pouco mais.
Monopoly On Truth te prepara para o álbum, mas apenas no sentido de te deixar praparado para não ter ideia do que esperar. Com um minuto, a voz de Simone Simons está soando por cima de riffs estáticos, quando de repente batidas metálicas assumem a liderança com os guturais de Mark Jansen, substituindo os vocais celestiais femininos. Não é exatamente o ponto de partida para sua marca registrada nas músicas, mas é feito com tal perfeição que pode definitivamente ser considerado um aperfeiçoamento.
O primeiro single Storm The Sorrow segue a mesma fórmula, enquanto Delirium incide na habilidade do Epica em escrever umas boas melodias. Combinada com um som religioso de fundo, Delirium é um destaque exatamente por conta de como soa verdadeiramente etéreo. Seguido por uma faixa chamada Internal Warfare que te arrasta direto de volta para o lado metal do 'metal sinfônico' com um solo anos 80 de teclado duelando com a guitarra fora de controle de Isaac Delahaye solando. Isso tudo cria um álbum que te mantem atento sem medo de te surpreender.
A faixa título combina tudo escutado no álbum até agora pra criar um meio-ponto, de guitarras limpas com ritmos complexos para refrões de corais com chamada e resposta, com letras centradas no mundo real e todos os seus problemas.
A parte mais impressionante deste lançamento, e de qualquer outro álbum do Epica, é a diversidade para oferecer. Fans de bandas de metal sinfônicos tais como Sirenia e Leaves' Eyes vão ficar mais do que felizes, mas metaleiros serão igualmente gratos à quantidade de elementos de thrash exibido em todo o álbum.
O Epica nunca comprometeu o seu som, ao contrário, o seu sucesso contínuo é inevitável. Com Requiem For The Indifferent eles vão aumentar bastante seus fans e satisfazer os fãs mais antigos. É um álbum que requere ser escutado várias vezes para ser digerido, como todos os grandes álbuns requerem, mas as recompensas são intermináveis. Um som para todos os humores, um álbum para uma geração, Epica alcançou um nível muito alto. Mais uma vez.
Nota: 8.0
Fonte: EspyRock.com
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