sábado, 5 de novembro de 2011

Entrevista - Simone Simons


Entrevistador (equipe Masters Of Rock): Pelo que me lembro, o Epica já tocou na República Checa, foi até em Zlin, mas eu acho que essa é sua primeira aparição no festival Masters Of Rock. Espero que goste da atmosfera.

Simone: Na verdade, é nossa segunda vez, não é a primeira. Mas da primeira vez que tocamos acho que foi há dois anos, estava quente como hoje, eu acho que foi para nós um dos shows ou festivais mais quentes porque o sol estava iluminando o palco. Eu estava de calça de couro, estava uma tortura, eu pensei: Merda, por que eu vesti isso? Estava muito quente. Mas os fãs aqui são ótimos, fizemos um show aqui ano passado também, em Praga. Eu gostaria de ter visto um pouco mais de Praga, porque dizem que é uma das cidades mais belas da Europa, mas eu tive apenas meia hora. Então um pouco antes do show, eu passei pela cidade com minha câmera, por meia hora, correndo e tirando fotos. Eu teria adorado ver mais de Praga e viajado pela República Checa, mas eu tenho que trabalhar, então...
Mas é por isso que gosto deses festivais, eu posso aproveitar a natureza um pouco, e combinar trabalho com lazer.

E: Eu li em algum lugar que cada membro descreve sua música um pouco diferentemente. Então qual é o seu ponto de vista sobre isso?

S: Eu sempre disse que é metal sinfônico. Por termos muitos elementos nas músicas, depende do que a pessoa considera mais importante ou para qual se sente mais atraído a descrever. Classical metal, algumas pessoas diz ser gothic metal... Mas quando eu penso em gothic metal, eu lembro mais do antigo Tristania, então seria injusto, é mais misterioso... O Epica é só metal com orquestração bombástica. Especialmente os dois últimos álbuns foram mais pesados, então é definitivamente metal sinfônico, na minha opinião.

E: Vocês já estiveram nos Estados Unidos e, nesse outono, vocês vão tocar lá de novo. Você vê alguma diferença entre tocar na Europa e nos Estados Unidos?

S: Sim, mas dentro da Europa também há vários países em que é muito diferente de tocar. Como o baixista disse uma vez, um dos lugares mais difíceis de se promover, na Europa, é a Alemanha; a Alemanha é cheia de bandas, então devemos trabalhar duro. Na América, as pessoas são completamente diferentes, com ótima mentalidade, eu gosto de pensar que todos são diferentes, por todo o mundo, deixa tudo mais interessante. E os Estados Unidos são grandes, então dá pra fazer uma turnê lá, e também percebemos que as pessoas são diferentes, em cada estado dentro dos Estados Unidos. E como na Europa, as pessoas são diferentes. Mas amamos nossos fãs de todo o mundo. É ótimo ter, por exemplo, os brasileiros entusiasmados, e temos os holadeses e alemães mais reservados... É um desafio!

E: Qual sua posição como o elemento feminino na banda?

S: Posição? Eu não sei o que você quer dizer exatamente com isso.

E: Sua posição, como mulher.

S: Bom, são cinco caras e uma garota, sempre há coisas que eu não posso conversar com eles, e vice-versa. Mas já estamos juntos por quase 8 anos, então já somos mais como uma família; eles são mais como meus irmãos. Mas é claro que às vezes, eu preciso do meu tempo e eles precisam do tempo deles. Mas nós geralmente temos mulheres trabalhando conosco, com quem eu posso falar sobre maquiagem e coisas de garota.

E: Seu último álbum de estúdio foi lançado em 2009, e vocês vêm fazendo muitas turnês. Vocês separam um tempo para se dedicar à preparação de material novo?

S: Nós vagarosamente começamos a compor novas músicas. Mas, por hora, estamos fazendo muitos festivais, depois faremos mais três turnês e, no começo do ano quem vem, terminaremos todo o álbum e planejamos voltar ao estúdio. Esperamos que no outono do ano que vem haja um novo álbum do Epica.

E: Seu último álbum - This is the time - apoiou o World Wild Found for nature. Qual sua relação com o meio ambiente?


S: Bem, muito póxima. Eu amo o meio ambiente, amo animais, amo a natureza... Eu faço o melhor que posso para ajudar os outros. Sou, também, membro de um fundo de proteção aos animais. Com o WWF, o Mark já havia participado de uma trilha de ciclismo; eu acho que ele conseguiu uns 500 euros de fãs e da família dos membros. Então ele já tinha contatos com a WWF, e veio com essa ideia. Isaac compôs essa linda... chamamos de música de fogueira, sabe, pra tocar envolta de uma fogueira? E não era uma música típica do Epica, então pensamos: o que podemos fazer com ela? Então veio a ideia de ajudar a WWF, e eles amaram a ideia.
É ótimo, como músico, as pessoas ouvem suas letras e eu acho que no cenário do metal não é só sobre os passarinhos e as abelhas, as pessoas ouvem o que você tem a dizer. Então é bom ter essa posição de mudar o que as pessoas pensam. Até agora tivemos boas reações, todos gostaram da ideia e, quem sabe, podem eles mesmos virar membros.

E: Ok, muito obrigado, e te desejo uma ótima apresentação essa noite.

S: Obrigada.

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